quinta-feira, 29 de novembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Links de vídeos
A importância das algas marinhas
Como uma alga no mar
http://www.youtube.com/watch?v=-utcceP2wTcPessoal acima estão os links sobre algas, que vimos na ultima monitoria!!!
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Sobre os Liquens
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/biofungos4.php
Pessoal, acima está um link que fala sobre essa associação entre fungos e algas!!!
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Roteiro de experiência
Olá alunos da monitoria do 2º ano, como combinado, segue o roteiro da experiência pra vocês:
Tema: Fungos - Reprodução
Objetivos:
Tema: Fungos - Reprodução
Objetivos:
Observar a reprodução dos fungos.
Material:
Uma fatia de pão de forma e um saco plástico transparente.
Procedimento:
Para constatar a presença de esporos de fungos no ar,
umedeça uma fatia de pão de forma, coloque-a num saco plástico transparente e amarre-o. Observe as modificações
ocorridas no pão de 3 a 4 dias.
Baseando-se em suas observações e pesquisas sobre o assunto, discutiremos os resultados em aula.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Site para estudos de bactérias e fungos
Galera do 2º ano, segue um site bem dinâmico para estudarem Bactérias e Fungos:
http://www.planetabio.com/monera.html
http://www.planetabio.com/monera.html
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Deus existe?
Há 100 anos, a
ciência tinha certeza de que descobriria sozinha os mistérios do universo.
Hoje, ela busca na religião respostas para grandes questões.
Existe uma luz
no fim do túnel? Eu sinceramente espero que sim. Afinal, faz várias semanas,
meses talvez - que estou perdido nesse labirinto escuro. Eu não sei o que fiz
para merecer tamanho castigo. De todos os trabalhos que poderiam me dar nesta
vida de jornalista, não deve ter abacaxi mais cascudo que esse: uma reportagem
sobre Deus... e justo numa revista científica!
Mecânica
quântica e matemática do caos a gente até entende - com a ajuda de um bom
professor, claro. Deus é outra história. É o infinito imponderável: aquilo que
não dá para se pensar nem imaginar. É o infinito inefável: aquilo que não dá
para se falar. Ou pelo menos essa é a maneira mais segura de abordar - e
encerrar - o assunto sem cair no ridículo nem ofender ninguém.
Mas são os
próprios cientistas que não param de falar em Deus. Os últimos dez anos
em especial viram nascer um novo filão literário dedicado a discutir o Divino -
aquele mesmo, um Criador Onipotente e Onisciente! - à luz da física e da
matemática, da química e da biologia. O culpado, ao que tudo indica, é o físico
inglês Stephen Hawking, ocupante da cadeira que foi de Isaac Newton na
ultra-prestigiosa Universidade de Cambridge e um dos principais teóricos dos
buracos negros. Hawking, todo mundo sabe, realizou um milagre digno do Grande
Arquiteto Celestial ao vender mais de dez milhões de cópias de um tratado de cosmologia
e astrofísica, denso o suficiente para fritar o cérebro do público leigo.
Publicado em 1988, Uma Breve História do
Tempo tornou-se o mais inesperado best
seller da história e até filme virou - não sem antes deixar no ar, bem no
parágrafo final, uma sedutora insinuação de casamento entre ciência e religião:
"Se chegarmos a uma teoria completa,
com o tempo esta deveria ser compreensível para todos e não só para um pequeno
grupo de cientistas. Então, todo mundo poderia tomar parte na discussão sobre
por que nós e o Universo existimos... Nesse momento, conheceríamos a mente de
Deus."
Aviso
importante: Hawking nunca se declarou religioso e usa essa idéia mais como uma
frase de efeito, uma metáfora do conhecimento total do Universo. Mas não
demorou para outro cientista inglês do alto escalão, o físico Paul Davies,
extrair todo um livro - e mais um sucesso comercial de arromba! - levando ao pé
da letra as palavras do colega. Acolhido com uma chuva de prêmios destinados à
divulgação científica, A Mente de Deus
(1992) passa em revista a história da ciência e da filosofia para afirmar, com
convicção, que tudo no cosmo revela intenção e consciência. Como o próprio
Davies resumiu em uma entrevista: "Acredito
que as leis da natureza são engenhosas e criativas, facilitando o
desenvolvimento da riqueza e da diversidade na natureza. A vida é apenas um
aspecto disso. A consciência é outro. Um ateu pode aceitar essas leis como um
fato bruto, mas para mim elas sugerem algo mais profundo e intencional."
Estava dada a
deixa para uma verdadeira enxurrada de físicos-teólogos atacar o assunto em
dezenas de publicações semelhantes, como Ian Barbour, Arthur Peacocke, Hugh
Ross, Frank Tipler e Gerald Schroeder. Dessa turma, o mais ativo é o também
inglês John Polkinghorne, colega de Hawking no departamento de Física de
Cambridge, que - depois de 25 anos de carreira acadêmica brilhante - largou
tudo para se ordenar pastor anglicano e escrever seus livros de
"cristianismo quântico": "Acredito
que precisamos de ambas as perspectivas, a científica e a religiosa, para
compreender esse mundo admirável em que vivemos."
Alguma
transformação radical deve ter ocorrido para que a crença em Deus, assunto que
havia se tornado tabu em laboratórios e universidades, renascesse com tanta
força. Cem anos atrás, a ciência se projetava como a própria imagem do
progresso e da civilização: decifrar todos os mistérios da natureza era só uma
questão de tempo. Nós mesmos havíamos nos tornado os senhores do universo.
Ninguém necessitava mais de fantasias como "providência divina".
Conceitos desse tipo - e entidades sobrenaturais em geral - passaram a ser
considerados ou uma infantilização neurótica (Freud) ou um meio das classes
dominantes subjugarem os pobres e oprimidos (Nietzche e Marx).
De repente, as
velhas certezas voltavam a se converter em mistérios com a física quântica e a
matemática do caos. "Ambas teorias
mostravam que existe uma imprevisibilidade inevitável espalhada por toda a
natureza. Não acho que isso deva ser interpretado como uma infeliz ignorância
de nossa parte e sim como sinal de que os processos físicos são muito mais
abertos do que a mecânica de Newton sugeria. Quando falo 'abertos', estou
querendo dizer que existem outros princípios causais em ação, acima e além das
trocas de energia que a física descreve", afirma Polkinghorne.
O físico
brasileiro Ricardo Galvão, da Universidade de São Paulo - que se diz "bastante religioso" - completa o
quadro: "A partir das equações da
mecânica de Newton e da teoria do eletromagnetismo de Maxwell, a ciência
clássica dava a impressão de que, conhecendo essas leis matemáticas,
conseguiríamos descrever todo o Universo. É o que se chama de conceito
determinístico, segundo o qual se acreditava que, conhecendo as condições
iniciais de um evento ou sistema, poderíamos prever toda sua evolução futura.
Mas já no final do século passado, o matemático e físico francês Henri Poincaré
(1854-1912) tocou no problema de que essas condições iniciais nunca são bem
conhecidas. Ele mostrou que mesmo a mecânica de Newton não era determinística
no sentido que se pensava. Aí, veio a mecânica quântica e introduziu o conceito
de que é impossível se conhecer simultaneamente a posição e o movimento de uma
partícula. Esse é o Princípio da Incerteza de Heisenberg, que realmente derrubou
aquela atitude científica do tipo 'conhecemos tudo e podemos prever o futuro"
Foi justamente
o Princípio da Incerteza que fez Einstein soltar, em protesto, sua frase mais
famosa: "Deus não joga dados!".
A imprevisibilidade quântica era demais para ele aceitar. Einstein, como se
sabe, falava o tempo todo em Deus – até o dia em que o encostaram na parede e
perguntaram se ele acreditava mesmo no Dito Cujo. "Acredito no Deus de Spinoza, que se revela na harmonia e na ordem da
natureza, não em um Deus
que se preocupa com os destinos e as ações dos seres humanos",
respondeu o criador da teoria da relatividade, citando o filósofo holandês do
século XVII para quem Deus e o Universo seriam a mesma "substância". Tal entidade, para
Spinoza, só poderia ser acessível à mente humana em dois de seus infinitos
atributos: o pensamento consciente e o mundo das coisas materiais.
Carl Sagan
também aceita a divindade: "a idéia
de Deus como um gigante barbudo de pele branca, sentado no Céu, é ridícula. Mas
se, com esse conceito, você se referir a um conjunto de leis físicas que rege o
Universo, então claramente existe um Deus” disse o famoso astrônomo
americano. Sagan foi um dos raros cientistas a se declarar ateu. A grande
maioria prefere o termo "agnóstico", criado em 1869 pelo biólogo
inglês Thomas Huxley - apelidado "buldogue
de Darwin" pela sua incansável defesa da teoria da evolução em um dos
maiores conflitos da história entre ciência e religião. Há uma grande diferença
entre as duas posições: dizer-se ateu é recusar a existência de um Deus,
enquanto o agnóstico ("sem conhecimento", em grego) admite que nada
sabe sobre dimensões sobrenaturais no Universo - e que o mais provável é que
seja impossível superar tal ignorância. É essa combinação exemplar de humildade
e a diplomacia - que define até hoje a postura de quase todos os cientistas
não-religiosos.
Mesmo assim, o
americano Allan Sandage - um dos astrônomos mais respeitados mundialmente, hoje
com 74 anos - considerava-se ateu com todas as letras, até os 50 anos. Sua
conversão ao cristianismo veio de repente, provocada pelo "simples desespero de não conseguir responder
só com a razão perguntas como 'por que existe algo ao invés de nada?'
"Foi o meu trabalho que me levou à
conclusão de que o mundo é muito mais complicado do que pode ser explicado pela
ciência. Só através do sobrenatural consigo entender o mistério da existência",
afirma ele. "A ciência torna
explícita a incrível ordem natural, as interconexões em vários níveis entre as
leis da física e as reações químicas encontradas nos processos biológicos da
vida. Por que será que os elétrons têm todos a mesma carga e a mesma massa? A
ciência só pode responder questões bem específicas, do tipo 'o que?', 'quando?'
e 'como?'. O seu método de investigação, por mais poderoso que seja, não pode
responder ao 'por que?”
Enxergar Deus
na inteligência com que a natureza se organiza - manifesta através de leis
matemáticas - não é só a porta de entrada da religião para contemporâneos como
Sandage e John Polkinghorne, como uma tradição que vem desde a própria a raiz
do conhecimento científico. Nem o ateísmo confesso de Bertrand Russell -
lógico, matemático e filósofo reconhecido como um dos pensadores mais
brilhantes do século XX - o impediu de valorizar essa linha peculiar de
devoção: "A combinação de matemática
e teologia, que começou com Pitágoras, caracterizou a filosofia religiosa na
Grécia Antiga, na Idade Média e chegou à modernidade com Kant. Tanto em Platão
como em Santo
Agostinho , São Tomás de Aquino, Descartes, Spinoza e Leibniz
há essa ligação íntima entre religião e razão, entre aspiração moral e
admiração lógica do que é atemporal."
Para quem
compartilha desse espírito pitagórico, o melhor retrato de Deus já não está nas
pinturas de Miguelângelo e sim nas fractais - aquelas imagens geradas por
equações matemáticas que estão entre as mais incríveis descobertas relacionadas
à teoria do caos. Essa nova geometria, até então oculta na natureza, apareceu -
entre as décadas de 60 e 70 - tanto nos estudos de variações climáticas realizadas
pelo metereologista Edward Lorenz, quanto nas estatísticas visualizadas em
computador pelo matemático Benoit Mandelbrot. O que as fractais tanto mostram
que, para alguns, adquire um caráter de revelação divina? Que processos
aparentemente irregulares como a ramificação de uma árvore, ou o recorte de uma
costa marinha, seguem um desenho-padrão que, por sua vez, obedece a uma fórmula
matemática.
Mais ou menos
na mesma época - começo dos anos 70 - um jovem físico chamado Fritjof Capra
estava sentado na praia quando teve uma espécie de êxtase místico, provocado
pela visão das ondas em sincronia com sua respiração. O resultado dessa sua
experiência está em O Tao
da Física, best seller que, apesar de
desprezado pela comunidade científica, ajudou a lançar o movimento new age, explorando paralelos entre a
física quântica e as principais religiões orientais: hinduísmo, budismo e
taoísmo. Não faltam no livro citações dos próprios Werner Heisenberg e Niels
Bohr - dois dos pais da mecânica quântica - sobre as afinidades entre suas
descobertas e a visão de mundo contida nestas tradições religiosas.
O conceito
chinês do tao, destacado no título do livro - algo como fluxo ou ritmo
universal - não espelha apenas a "dança
cósmica" que Capra vê na física quântica. Pode igualmente ser
associado aos padrões da natureza revelados nas fractais. Mas sua inspiração
inicial mostra uma das principais limitações da ciência nesse tipo de
comparação: ela não pode depender de experiências pessoais e intransferíveis,
como o transe de Capra à beira-mar. O físico Guimarães Ferreira, da Unicamp -
outro cientista brasileiro religioso - acredita que esse é um bom motivo para
não se misturar as duas coisas: "Deus
é um Ser que gosta de ser pessoal", diz ele. "É muito mais fácil encontrá-lo em nossas
experiências de vida do que no laboratório. O maior pensador do mundo
ocidental, Santo Agostinho, já dizia que é mais fácil achar Deus dentro de si
do que no mundo exterior."
No outro
extremo está o físico Frank Tipler, crente de que a ciência pode - e deve - ser
utilizada para provar a existência de Deus, como princípio criador,
organizador, onisciente, onipotente etc, como rezam as escrituras. Tipler
escreveu todo um livro, The Physics of Immortality (1994), apresentando a
versão mais radical de uma visão compartilhada com mais cautela por John
Polkinghorne, Paul Davies e os cientistas que apóiam o chamado princípio
antrópico - a mais surpreendente teoria dos últimos tempos. Para eles, o modo
como o caos espontaneamente gera ordem e todo o cosmo parece conspirar a favor
da existência de vida revela atributos divinos como consciência e intenção. A
vida, assim, deve ser vista como nada menos que um milagre; e a vida
consciente, um milagre maior ainda. O princípio antrópico postula que o
Universo foi criado da maneira que nós o percebemos justamente para ser
observado por criaturas inteligentes (nós mesmos!) e que é nossa consciência
que seleciona uma realidade entre todas as probabilidades quânticas. Não custa
lembrar que Brandon Carter, que apresentou pela primeira vez o princípio
antrópico em 1973, não é nenhum guru aloprado e sim um cientista
respeitadíssimo entre seus pares por suas pesquisas na linha-de-frente da nova
física.
Tem mais: a
teoria mais aceita para explicar a origem do Universo - a explosão de uma bola
de energia - também vale para esses estudiosos como sinal de uma criação
intencional e inteligente. Como diz o próprio astrônomo que batizou essa teoria
de Big Bang, o inglês Fred Hoyle: "Uma
explosão num depósito de ferro velho não faz com que pedaços de metal se juntem
numa máquina útil e funcional!"
E o que teria
existido, então, antes do Big Bang? Os físicos são unânimes em dizer que é
impossível saber. Enquanto houver mistérios intransponíveis para a mente
humana, idéias de divindade não só sobrevivem, como proliferam - e até são
atualizadas cientificamente. Quando Stephen Hawking fala de uma "teoria
completa" que nos permitiria conhecer a "mente de Deus", está se
referindo à busca principal da física no século XX: um modelo que unifique a
teoria da relatividade, que explica o movimento dos corpos celestes, e a
mecânica quântica, que descreve o outro extremo: energia e matéria no nível
subatômico. Aqui reside um dos mais chocantes enigmas quânticos: ondas de
energia podem se comportar como partículas de matéria e vice-versa.
A própria mente
humana - acreditam psiquiatras, neurologistas e companhia - guarda talvez mais
mistérios que o Universo lá fora. Como afirma o físico brasileiro Newton
Bernardes, da Unicamp, sem nenhuma crença religiosa: "A ciência depende da linguagem. A religião, não. Ela está no campo do
indizível e aí temos que abandonar a razão: só resta a fé. Mas pode existir,
sim, conhecimento sem linguagem. Essa é uma limitação da ciência."
Enquanto isso,
no Instituto de Física Aplicada da USP, Ricardo Galvão pondera a localização
exata de um conhecimento sem linguagem: a criatividade, presente tanto nas
artes como na ciência mais exata. "A
própria teoria da relatividade, é difícil imaginar como o Einstein chegou a ela
- não foi por dedução. Idéias científicas precisam ser formuladas
matematicamente, mas na hora surgem muitas vezes de um estalo." E de
onde, então, vêm essas magias chamadas intuição e inspiração? Existem
hipóteses, é claro, como o inconsciente de Freud. Mas, por enquanto, só Deus
sabe!
Há uma intenção na criação do
Universo? Muitos cientistas acham que sim. A mente humana talvez contenha mais
mistérios que o próprio Universo.
Revista Superinteressante, janeiro 2000 - José Augusto Lemos
CRIAÇÃO
DO UNIVERSO, EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS
E O
PENSAMENTO RELIGIOSO
Warwick
Estevam Kerr
Para aqueles que professam uma
religião cristã, há três maneiras de interpretar os primeiros capítulos do
Gênesis. A primeira, que chamaremos LITERAL, é crer que, realmente o universo e
todos os seres vivos foram criados separadamente, por atos independentes,
miraculosos, em seis dias ou seis períodos. Tal modo de pensar sofre forte
antagonismo por parte da grande maioria dos biólogos e físicos, que acreditam
na teoria da evolução.
A segunda, chamada MODERNISTA,
é aceita por aqueles cristãos que não consideram a bíblia como SENDO a palavra
de Deus, mas como a CONTENDO. Para este grupo, a única idéia realmente
importante do primeiro capítulo de Gênesis é aquela contida no primeiro
versículo: “E no começo Deus criou os céus e a terra”. Argumentam assim: -Quem
criou ? Deus. Como criou ? Procuram aplicar a ciência moderna ao estudo da
natureza a fim de descobrir. Para o cristão modernista, o estudo da evolução é
a história da criação, é o estudo da maneira na qual Deus criou o universo.
A terceira maneira é chamada
ALEGÓRICA, em que tentamos acoplar sobre o texto bíblico uma interpretação
baseada nos achados científicos. Os partidários da maneira LITERAL e os da
maneira ALEGÓRICA podem ser chamados de cristãos ortodoxos, isto é, pessoas que
aceitam a bíblia como SENDO a palavra de DEUS. Como a maneira alegórica é mais
complexa e também aceita por cristãos ortodoxos com cultura biológica sólida,
vamos expô-la aqui com detalhes. Gostaria, entretanto, que ficasse claro que
aceito a interpretação modernista, não obstante ter o máximo respeito por
aqueles que preferem a maneira alegórica.
A interpretação
alegórica
É comum, tanto no velho como
no novo testamento, o ensino de lições por meio de linguagem figurada ou de
histórias que chamamos de parábolas. A bíblia começa e termina usando linguagem
figurada. As três parábolas iniciais são: a história da criação, a história do
dilúvio e a história da torre de Babel. O principal objetivo da história da criação é ensinar a todos que
universo foi criado por Deus e por isso começa com aquela frase cheia de vigor,
poder e de fé: “No começo criou Deus os céus e a terra” (Gen 1:1). Apesar de não ter sido
intenção dos escritores de Gênesis ensinar ciência, a parábola da criação pode
ser interpretada, face aos dados científicos que conhecemos hoje, de uma
maneira alegórica, em que atribuímos a cada trecho do livro de Gênesis uma
correspondência ao que ocorreu na evolução do nosso universo, segundo a ciência
moderna. O Dr. George Abell, astrônomo da Universidade da Califórnia (Los
Angeles) calculou a idade do universo, comparando a velocidade da recessão de
grupos gigantes de galáxias, com as distâncias entre eles. Concluiu que a idade
do universo é ao redor de 15 a
20 bilhões de anos. É o dado existente que mais reforça a idéia da eternidade
de Deus. Para iniciar, vamos dividir os
20 bilhões de anos, que é a idade do universo em 7 períodos.
10
PERÍODO: “E disse Deus: Haja luz. E houve luz” (Gen 1:3)
Há mais ou menos 15 bilhões de
anos, Deus disse: “Haja luz”. Houve então uma fantástica criação de radiação,
quentíssima, luminosíssima, concentradíssima, que expandiu com grande
violência. Nos 300.000 anos após essa fantástica explosão, a massa do universo
consistia quase que somente de radiação, e havia grande interação entre
radiação e matéria. Este período é chamado pelos cientistas (por exemplo Oort,
1970) de estágio “bola de fogo”. Nesta época matéria e radiação se separaram e
a matéria se espalhou voando para todos os lados. Muitos destes “pedaços” de
universo original transformaram-se em galáxias, astros, sóis, nuvens cósmicas,
asteróides, etc.
Em 1974, o Dr. Allan Sandage
(do observatório astronômico de Hale) e o Dr. James Gunn (do Instituto
Tecnológico da Califórnia), dois astrônomos americanos, chegaram à conclusão de
que nosso universo que, há 15 bilhões de anos atrás iniciou-se com uma tremenda
explosão, continuará expandindo-se para sempre. Isso quer dizer que eles
demonstraram que nosso universo é aberto.
Passados milhões de anos, numa
das galáxias, que hoje chamados de Via Láctea, de um dos seus sóis soltaram-se
alguns planetas dentre os quais um deles é a nossa Terra. Assim que se soltou
do sol e entrou em órbita, a Terra girava como um pião ao redor do seu próprio
eixo. Esse movimento de rotação fazia a separação entre a luz do sol (dia) e as
trevas (noite).
20
PERÍODO: “...e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e
as águas que estavam sobre a expansão” (Gen 1:7)
A Terra era muito quente e
assim toda a água estava sob a forma de vapor. Conforme os anos foram passando,
a Terra foi se resfriando, até que um dia começou a chover.
30
PERÍODO: “E disse Deus: ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar e apareça
a porção seca. E chamou à porção seca
terra e ao ajuntamento de água chamou mares” (Gen 1:9)
A Terra, esfriando-se mais,
começou a se enrugar, os continentes começaram a se movimentar e a dar formação
às montanhas e às planícies. As águas drenavam-se pelos riachos, igarapés, rios
e acumulavam-se nas lagoas, mares e oceanos. Assim, houve separação entre águas
e terra. A terra rachou-se, as várias porções se movimentaram, afastando-se e
formando os atuais continentes. Violentos raios produziram novos compostos numa
atmosfera pobre em oxigênio. Estes compostos formados se juntaram nas águas e
muitas vezes originavam compostos mais complicados. Não havia bactérias para
destruir os compostos orgânicos e, assim, eles permaneciam em solução nas
águas. Num certo dia, a primeira molécula de RNA foi formada com a propriedade
de autoreprodução e catálise - estava
criada a vida. Forma-se a seguir o DNA. Mutações e seleção natural passam a
promover a evolução dos descendentes desse pequeno mini ser vivo.,
“E disse Deus:
produza a terra erva verde”(Gen 1:10), ...erva que dê sementes e árvore
frutífera que dê fruto...(Gen 1:11)
Passaram-se os anos e há três
bilhões de anos atrás, as primeiras bactérias e as primeiras algas verdes são
formadas. Evoluem constantemente até chegar à condição de plantas que dão
sementes como nosso pinheiro do Paraná e o Cedro do Líbano. Evoluem ainda mais
e chegam ao nível da plantas superiores que dão fruto (jaboticaba, jaca,
cupuaçu, goiaba, etc.)
40
PERÍODO - “E disse Deus: haja luminares na expansão dos céus para iluminar a
terra, para governar o dia e a noite (Gen 1:14-18)
Até este período, o céu era
todo nublado. Porém, uma dia, de tanto chover, de tanto cair água das nuvens,
um pedaço de céu azul apareceu. Naquele dia os raios de sol, das estrelas, o
clarão da lua e dos planetas tocaram a Terra.
50
PERÍODO - “E disse Deus: produzam as águas abundantemente e apareçam
répteis(Gen 1:20) e toda ave de asa”(Gen 1:21)
A evolução dos microorganismos
que, de um lado produziu os fungos e as plantas segue também uma outra direção.
Nas águas do mar os primeiros seres vivos animais começam a aparecer. Seguindo o mesmo sistema de evolução, vão
aparecendo os vermes, os anfioxos, os peixes tipo tubarão até peixes como o
dourado, a traíra, o tambaqui, o pirarucu, etc. Os peixes de um dos grupos, por
sucessivas mutações passaram a andar sobre a terra e alimentavam-se de insetos
e plantas. Aqueles cujos sacos aéreos se modificaram e passaram a formar num
pequeno pulmão tiveram grande vantagem. Depois de muitos anos apareceram as
salamandras, os sapos e as rãs. Ate hoje os sapos no início de suas vidas (os
girinos) se parecem com peixinhos e só mais tarde tornam-se sapos adultos e
vivem fora d’água. Para daí apareceram os répteis foi um passo. Evoluíram os
jacarés, os cágados, as tartarugas e alguns répteis voadores como o Pterodáctilus. Em 1974, o estudante
Douglas Lawson descobriu um destes animais, que viveu há 60 milhões de anos e tinha 17 metros de envergadura.
As primeiras aves foram a Archaeopteryx
e Archaernis. Algumas aves
razoavelmente primitivas ainda habitam o Brasil, como o inhambú, a perdiz e a
codorna do mato. As aves primitivas continuam sua evolução pelo processo
adotado pelo Criador: a seleção natural, a mutação, a migração e a deriva
genética, todos conhecidos fatores modificadores da freqüência dos genes e com
o isolamento geográfico e reprodutivo, que provocam a origem de novas espécies.
São pois produzidas as aves modernas como os papagaios, araras, curiós,
pintassilgos, uirapuru, aves do paraíso, etc.
60
PERÍODO: “E disse Deus: produza a terra as bestas feras da terra (Gen
1:24-25)... façamos o homem à nossa imagem e semelhança (Gen 1: 26)
Dos répteis evoluem, de um
lado as aves e de outro os primeiros monotremos, dos quais ainda temos, na
Austrália, os ornitorrincos e echidnas. Depois evoluem os marsupiais, como o
gambá, a cuica, a mucura, os cangurus, todos com a interessante característica
de carregarem seus filhinhos numa bolsa chamada marsúpio. Finalmente aparecem,
com útero, os mamíferos do tipo dos cachorros, da anta, da capivara, dos
cavalos, das vacas, dos macacos. Os macacos se originaram de um grupinho de
animais chamados insetívoros, animais mamíferos que, sendo noturnos, não tinham
o sentido da cor. Os macacos brasileiros só enxergam o azul, o verde, o branco
e o amarelo. Porém os macacos superiores como os orangotangos, os chimpanzés,
os gorilas e o homem já enxergam o mundo em tecnicolor, isto é, vêm as cores
vermelho, amarelo e azul e suas combinações. Assim, a maior parte dos animais
estava “pronta”. Há, mais ou menos, dois milhões de anos atrás, um grupo de
macacos africanos começou a evoluir mais do que ou outros, pois usava cada vez
mais o cérebro e as mãos para resolver seus probleminhas. Um belo dia um desses
macacos (Homo africanus) descobriu o fogo. Mais tarde, evoluindo ainda mais sua
mente (Homo erectus) descobriu que
para agüentar o frio podia muito bem fazê-lo matando um animal e usando sua
pele. Evoluindo ainda mais (Homo sapiens neanderthalensis) descobriu que
poderia comer melhor usando flecha, paus, armadilhas, plantações, roças. Com a
invenção e a aprendizagem o homem adicionou uma nova maneira de conquistar
nichos ecológicos, complemente diferente da mutação e seleção natural. Um dia,
o homem pensou pela primeira vez que
tinha um criador e adorou a Deus.
70
PERÍODO: “Meu pai trabalha até agora”(João 5:16-18)
Diz Gêneses, que após haver
criado o homem, Deus descansou (Gen 2:2-5). Esta frase é antropomorfismo, já
que Deus não se desgasta, não cansa. Jesus reafirmou isso ao falar “meu pai
trabalha até agora”. Portanto, dizemos que a evolução é contínua: a explosão de
15 bilhões de anos atrás continua ainda fazendo com que os pedaços do universo
voem para todos os lados. Somos um universo em contínua expansão para o
infinito.
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Buraco branco no tempo
Pessoal, aí está o vídeo que vimos na ultima monitoria, juntamente com o resumo... quanto aos textos iremos postar pra vocês aqui e depois deixar na xérox..
O vídeo inicia comentando sobre a origem e evolução dos tempos. Trata na seqüência, que os seres humanos na atualidade chegam a ocupar todo o universo. Russell, ressalta sobre a criação de novas tecnologias e uma modernização. Simboliza que há uma linguagem forte no universo chamada de comunicação, destacando o homem em relação aos demais seres. Reflete também, sobre a produção mundial. Pergunta por que não mudamos? Como está a nossa convivência? O nosso julgamento quanto às pessoas que estão ao nosso redor, por que somos resistentes a mudanças? Ressalta sobre uma suposta crise na humanidade, questiona também sobre o conhecimento das nossas atitudes. Russell, chega em seu momento de reflexão principal, quando retrata a mente humana. Nesse momento, o vídeo começa a questionar sobre os paradigmas que existem em nossa atual sociedade, destacando a importância da revolução da informática e a industrial. Finalizando, Russell comenta sobre uma revolução na consciência, ou melhor, simboliza um fator preponderante na existência da humanidade, que é o amor ao próximo, é o ser interior, na busca permanente pela paz.
terça-feira, 26 de junho de 2012
Monitoria 2 Colegial
Hoje foi a nossa ultima monitoria desse primeiro semestre. Depois de vermos um pouquinho sobre poríferos, quinidários, platelmintos, nematelmintos e moluscos finalizamos com um documentário da BBC chamado "Pequenos Monstros" que retrata um pouco da vida de alguns invertebrados, mostrando suas interações, adaptações ao ambiente e o habitat que ele ocupa. Não encontrei no youtube o vídeo completo, apenas alguns trechos:
http://www.youtube.com/watch?v=U2EyYnTAZC0
http://www.youtube.com/watch?v=RPQiD6fENZA
http://www.youtube.com/watch?v=4JqYwrHRpZU
Espero que todos tenham gostado dos nossos encontros.
Boas férias e até agosto
Beijo
Luisa e Guilherme
domingo, 27 de maio de 2012
Fotossíntese
A fotossíntese é o processo no qual os organismos clorofilados (plantas, algas e cianobactérias) produzem seu alimento. Por meio de matérias primas que são o carbono - C - obtido principalmente pelo gás carbônico (CO2)e a água (H2O)com sua fonte de energia (para ocorrer as reações necessárias)a LUZ. E que tem como produtos o gás oxigênio (O2)e um monossacarídeo ou dissacarídeo como a glicose e/ou frutose (para as plantas).
luz
6 CO2+6 H2O --> 6 O2+ C6H12O6
clorofila
Referente as plantas a fotossíntese ocorre nas folhas ou nas partes pigmentadas de verde das plantas, por exemplo, o caule em cactos. Sendo no cloroplasto (organela responsável), sendo nas lamelas e granas a conversão de energia luminosa em energia química e nos tilacoides a produção de carboidratos (o acumulo de sacarídeos gera um polissacarídeos, o amido).
A absorção de energia luminosa pelas plantas não é total, pois os seus pigmentos absorvem determinados cumprimentos de onda, como azul e o vermelho e reflete o que é inútil a ela, no caso o espectro verde. Os pigmentos presentes são a clorofila a (principal), clorofila b, carotenoides e xantofilas (acessórios). A ''a'' e ''b'' são verde, verde-azulada, já os carotenoides e xantofilas são amarelos a alaranjados, só mascarados pelo verde das clorofilas.
A presença dos pigmentos pode ser constatada em um experimento que consiste em macerar algumas folhas com álcool obtendo uma solução verde escura, depois colocando um papel filtro nela e deixando absorver a solução a uma altura considerável e depois colocando esse papel filtro em álcool para que este absorva o e vá ''filtrando'' os pigmentos. Esse experimento é chamado de cromatografia.
Um pouco mais sobre a fotossíntese pode se obter pelos livros e sites como:
Vale a pena Conferir!!! Boa Semana
terça-feira, 24 de abril de 2012
Poríferos
Desculpem a demora pessoal, eu realmente tinha esquecido, mas ta ai o material sobre poriferos
http://www.youtube.com/watch?v=r57eQA-lvJg
http://www.youtube.com/watch?v=r57eQA-lvJg
Estrutura Corporal
Tipos Celulares
Gêmula - aqui chamada de broto
reprodução assexuada por brotamento
Diversidade
Mais curiosidades sobre o filo em:
Microscopia de Varredura
Pra galerinha que foi na monitoria e pra quem não foi e também tem curiosidade de ver, está ai um vídeo de microscopia de varredura:
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Monitoria
Olá pessoal, vocês que são do terceiro colegial deixem aqui suas dúvidas e sugestões para atividades de monitoria!!
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
EVOLUÇÃO
A evolução pode ser definida, em poucas palavras, como o processo de variação e adaptação de populações ao longo do tempo, podendo inclusive provocar o surgimento de novas espécies a partir de uma preexistente. Dessa forma, a grande diversidade de organismos presentes em nosso planeta pode ser explicada por meio dessa teoria.
Registros escritos de grandes filósofos pré-socráticos nos mostram que o pensamento evolucionista não se deu, basicamente, e tampouco unicamente, por Charles Darwin. Aliás, a apresentação desta teoria à Linnean Society, em 1858, foi feita com a coautoria de Alfred Wallace: naturalista menos abastado que, sem o prévio conhecimento das ideias de Darwin, conseguiu compreender da mesma forma o aparecimento e perpetuação de espécies variadas e de formas específicas.
DARWIN
A evolução por meio da seleção natural, proposta por esses dois pesquisadores, enuncia que indivíduos que possuem características específicas que os tornam mais aptos a viver em determinado ambiente têm mais probabilidade de se reproduzir e gerar descendentes. Quando tais vantagens são hereditárias, a prole poderá adquiri-la, fazendo com que, ao longo do tempo, maior número de indivíduos daquela população a possua, com consequente modificação das características globais daquela espécie. Sob esta ótica, indivíduos menos aptos tendem a desaparecer, resultando em uma população mais bem-adaptada ao ambiente.
WALLACE
Este fato justifica porque a evolução não deve ser vista como sinônimo de progresso, já que uma mesma característica que garante o sucesso, em um determinado momento, pode não ser tão favorável em outro momento. Quanto a isso, por exemplo, acredita-se que a anemia falciforme surgiu na África, há milhões de anos atrás. Como indivíduos com a doença falciforme eram mais resistentes à malária; por seleção natural, aqueles com suas hemácias normais tinham mais chances de não resistir à parasitose.
A seleção natural é apenas um dos mecanismos evolutivos conhecidos. Seleção sexual, deriva genética, mutação, recombinação e fluxo genético são os outros, podendo agir de forma a reduzir ou aumentar a variação genética.
Hemácias bicôncavas e em forma de foice - ANEMIA FALCIFORME
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
Graduada em Biologia
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