segunda-feira, 5 de novembro de 2012

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Roteiro de experiência

Olá alunos da monitoria do 2º ano, como combinado, segue o roteiro da experiência pra vocês:

Tema: Fungos - Reprodução



Objetivos:


Observar a reprodução dos fungos. 

Material:

Uma fatia de pão de forma e um saco plástico transparente. 

Procedimento: 

Para constatar a presença de esporos de fungos no ar, umedeça uma fatia de pão de forma, coloque-a num saco plástico transparente e amarre-o. Observe as modificações ocorridas no pão de 3 a 4 dias.

Baseando-se em suas observações e pesquisas sobre o assunto, discutiremos os resultados em aula.



quinta-feira, 5 de julho de 2012


Deus existe?
Há 100 anos, a ciência tinha certeza de que descobriria sozinha os mistérios do universo. Hoje, ela busca na religião respostas para grandes questões.

Existe uma luz no fim do túnel? Eu sinceramente espero que sim. Afinal, faz várias semanas, meses talvez - que estou perdido nesse labirinto escuro. Eu não sei o que fiz para merecer tamanho castigo. De todos os trabalhos que poderiam me dar nesta vida de jornalista, não deve ter abacaxi mais cascudo que esse: uma reportagem sobre Deus... e justo numa revista científica!
Mecânica quântica e matemática do caos a gente até entende - com a ajuda de um bom professor, claro. Deus é outra história. É o infinito imponderável: aquilo que não dá para se pensar nem imaginar. É o infinito inefável: aquilo que não dá para se falar. Ou pelo menos essa é a maneira mais segura de abordar - e encerrar - o assunto sem cair no ridículo nem ofender ninguém.
Mas são os próprios cientistas que não param de falar em Deus. Os últimos dez anos em especial viram nascer um novo filão literário dedicado a discutir o Divino - aquele mesmo, um Criador Onipotente e Onisciente! - à luz da física e da matemática, da química e da biologia. O culpado, ao que tudo indica, é o físico inglês Stephen Hawking, ocupante da cadeira que foi de Isaac Newton na ultra-prestigiosa Universidade de Cambridge e um dos principais teóricos dos buracos negros. Hawking, todo mundo sabe, realizou um milagre digno do Grande Arquiteto Celestial ao vender mais de dez milhões de cópias de um tratado de cosmologia e astrofísica, denso o suficiente para fritar o cérebro do público leigo. Publicado em 1988, Uma Breve História do Tempo tornou-se o mais inesperado best seller da história e até filme virou - não sem antes deixar no ar, bem no parágrafo final, uma sedutora insinuação de casamento entre ciência e religião: "Se chegarmos a uma teoria completa, com o tempo esta deveria ser compreensível para todos e não só para um pequeno grupo de cientistas. Então, todo mundo poderia tomar parte na discussão sobre por que nós e o Universo existimos... Nesse momento, conheceríamos a mente de Deus."
Aviso importante: Hawking nunca se declarou religioso e usa essa idéia mais como uma frase de efeito, uma metáfora do conhecimento total do Universo. Mas não demorou para outro cientista inglês do alto escalão, o físico Paul Davies, extrair todo um livro - e mais um sucesso comercial de arromba! - levando ao pé da letra as palavras do colega. Acolhido com uma chuva de prêmios destinados à divulgação científica, A Mente de Deus (1992) passa em revista a história da ciência e da filosofia para afirmar, com convicção, que tudo no cosmo revela intenção e consciência. Como o próprio Davies resumiu em uma entrevista: "Acredito que as leis da natureza são engenhosas e criativas, facilitando o desenvolvimento da riqueza e da diversidade na natureza. A vida é apenas um aspecto disso. A consciência é outro. Um ateu pode aceitar essas leis como um fato bruto, mas para mim elas sugerem algo mais profundo e intencional."
Estava dada a deixa para uma verdadeira enxurrada de físicos-teólogos atacar o assunto em dezenas de publicações semelhantes, como Ian Barbour, Arthur Peacocke, Hugh Ross, Frank Tipler e Gerald Schroeder. Dessa turma, o mais ativo é o também inglês John Polkinghorne, colega de Hawking no departamento de Física de Cambridge, que - depois de 25 anos de carreira acadêmica brilhante - largou tudo para se ordenar pastor anglicano e escrever seus livros de "cristianismo quântico": "Acredito que precisamos de ambas as perspectivas, a científica e a religiosa, para compreender esse mundo admirável em que vivemos."
Alguma transformação radical deve ter ocorrido para que a crença em Deus, assunto que havia se tornado tabu em laboratórios e universidades, renascesse com tanta força. Cem anos atrás, a ciência se projetava como a própria imagem do progresso e da civilização: decifrar todos os mistérios da natureza era só uma questão de tempo. Nós mesmos havíamos nos tornado os senhores do universo. Ninguém necessitava mais de fantasias como "providência divina". Conceitos desse tipo - e entidades sobrenaturais em geral - passaram a ser considerados ou uma infantilização neurótica (Freud) ou um meio das classes dominantes subjugarem os pobres e oprimidos (Nietzche e Marx).
De repente, as velhas certezas voltavam a se converter em mistérios com a física quântica e a matemática do caos. "Ambas teorias mostravam que existe uma imprevisibilidade inevitável espalhada por toda a natureza. Não acho que isso deva ser interpretado como uma infeliz ignorância de nossa parte e sim como sinal de que os processos físicos são muito mais abertos do que a mecânica de Newton sugeria. Quando falo 'abertos', estou querendo dizer que existem outros princípios causais em ação, acima e além das trocas de energia que a física descreve", afirma Polkinghorne.
O físico brasileiro Ricardo Galvão, da Universidade de São Paulo - que se diz "bastante religioso" - completa o quadro: "A partir das equações da mecânica de Newton e da teoria do eletromagnetismo de Maxwell, a ciência clássica dava a impressão de que, conhecendo essas leis matemáticas, conseguiríamos descrever todo o Universo. É o que se chama de conceito determinístico, segundo o qual se acreditava que, conhecendo as condições iniciais de um evento ou sistema, poderíamos prever toda sua evolução futura. Mas já no final do século passado, o matemático e físico francês Henri Poincaré (1854-1912) tocou no problema de que essas condições iniciais nunca são bem conhecidas. Ele mostrou que mesmo a mecânica de Newton não era determinística no sentido que se pensava. Aí, veio a mecânica quântica e introduziu o conceito de que é impossível se conhecer simultaneamente a posição e o movimento de uma partícula. Esse é o Princípio da Incerteza de Heisenberg, que realmente derrubou aquela atitude científica do tipo 'conhecemos tudo e podemos prever o futuro"
Foi justamente o Princípio da Incerteza que fez Einstein soltar, em protesto, sua frase mais famosa: "Deus não joga dados!". A imprevisibilidade quântica era demais para ele aceitar. Einstein, como se sabe, falava o tempo todo em Deus – até o dia em que o encostaram na parede e perguntaram se ele acreditava mesmo no Dito Cujo. "Acredito no Deus de Spinoza, que se revela na harmonia e na ordem da natureza, não em um Deus que se preocupa com os destinos e as ações dos seres humanos", respondeu o criador da teoria da relatividade, citando o filósofo holandês do século XVII para quem Deus e o Universo seriam a mesma "substância". Tal entidade, para Spinoza, só poderia ser acessível à mente humana em dois de seus infinitos atributos: o pensamento consciente e o mundo das coisas materiais.
Carl Sagan também aceita a divindade: "a idéia de Deus como um gigante barbudo de pele branca, sentado no Céu, é ridícula. Mas se, com esse conceito, você se referir a um conjunto de leis físicas que rege o Universo, então claramente existe um Deus” disse o famoso astrônomo americano. Sagan foi um dos raros cientistas a se declarar ateu. A grande maioria prefere o termo "agnóstico", criado em 1869 pelo biólogo inglês Thomas Huxley - apelidado "buldogue de Darwin" pela sua incansável defesa da teoria da evolução em um dos maiores conflitos da história entre ciência e religião. Há uma grande diferença entre as duas posições: dizer-se ateu é recusar a existência de um Deus, enquanto o agnóstico ("sem conhecimento", em grego) admite que nada sabe sobre dimensões sobrenaturais no Universo - e que o mais provável é que seja impossível superar tal ignorância. É essa combinação exemplar de humildade e a diplomacia - que define até hoje a postura de quase todos os cientistas não-religiosos.
Mesmo assim, o americano Allan Sandage - um dos astrônomos mais respeitados mundialmente, hoje com 74 anos - considerava-se ateu com todas as letras, até os 50 anos. Sua conversão ao cristianismo veio de repente, provocada pelo "simples desespero de não conseguir responder só com a razão perguntas como 'por que existe algo ao invés de nada?' "Foi o meu trabalho que me levou à conclusão de que o mundo é muito mais complicado do que pode ser explicado pela ciência. Só através do sobrenatural consigo entender o mistério da existência", afirma ele. "A ciência torna explícita a incrível ordem natural, as interconexões em vários níveis entre as leis da física e as reações químicas encontradas nos processos biológicos da vida. Por que será que os elétrons têm todos a mesma carga e a mesma massa? A ciência só pode responder questões bem específicas, do tipo 'o que?', 'quando?' e 'como?'. O seu método de investigação, por mais poderoso que seja, não pode responder ao 'por que?
Enxergar Deus na inteligência com que a natureza se organiza - manifesta através de leis matemáticas - não é só a porta de entrada da religião para contemporâneos como Sandage e John Polkinghorne, como uma tradição que vem desde a própria a raiz do conhecimento científico. Nem o ateísmo confesso de Bertrand Russell - lógico, matemático e filósofo reconhecido como um dos pensadores mais brilhantes do século XX - o impediu de valorizar essa linha peculiar de devoção: "A combinação de matemática e teologia, que começou com Pitágoras, caracterizou a filosofia religiosa na Grécia Antiga, na Idade Média e chegou à modernidade com Kant. Tanto em Platão como em Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Descartes, Spinoza e Leibniz há essa ligação íntima entre religião e razão, entre aspiração moral e admiração lógica do que é atemporal."
Para quem compartilha desse espírito pitagórico, o melhor retrato de Deus já não está nas pinturas de Miguelângelo e sim nas fractais - aquelas imagens geradas por equações matemáticas que estão entre as mais incríveis descobertas relacionadas à teoria do caos. Essa nova geometria, até então oculta na natureza, apareceu - entre as décadas de 60 e 70 - tanto nos estudos de variações climáticas realizadas pelo metereologista Edward Lorenz, quanto nas estatísticas visualizadas em computador pelo matemático Benoit Mandelbrot. O que as fractais tanto mostram que, para alguns, adquire um caráter de revelação divina? Que processos aparentemente irregulares como a ramificação de uma árvore, ou o recorte de uma costa marinha, seguem um desenho-padrão que, por sua vez, obedece a uma fórmula matemática.
Mais ou menos na mesma época - começo dos anos 70 - um jovem físico chamado Fritjof Capra estava sentado na praia quando teve uma espécie de êxtase místico, provocado pela visão das ondas em sincronia com sua respiração. O resultado dessa sua experiência está em O Tao da Física, best seller que, apesar de desprezado pela comunidade científica, ajudou a lançar o movimento new age, explorando paralelos entre a física quântica e as principais religiões orientais: hinduísmo, budismo e taoísmo. Não faltam no livro citações dos próprios Werner Heisenberg e Niels Bohr - dois dos pais da mecânica quântica - sobre as afinidades entre suas descobertas e a visão de mundo contida nestas tradições religiosas.
O conceito chinês do tao, destacado no título do livro - algo como fluxo ou ritmo universal - não espelha apenas a "dança cósmica" que Capra vê na física quântica. Pode igualmente ser associado aos padrões da natureza revelados nas fractais. Mas sua inspiração inicial mostra uma das principais limitações da ciência nesse tipo de comparação: ela não pode depender de experiências pessoais e intransferíveis, como o transe de Capra à beira-mar. O físico Guimarães Ferreira, da Unicamp - outro cientista brasileiro religioso - acredita que esse é um bom motivo para não se misturar as duas coisas: "Deus é um Ser que gosta de ser pessoal", diz ele. "É muito mais fácil encontrá-lo em nossas experiências de vida do que no laboratório. O maior pensador do mundo ocidental, Santo Agostinho, já dizia que é mais fácil achar Deus dentro de si do que no mundo exterior."
No outro extremo está o físico Frank Tipler, crente de que a ciência pode - e deve - ser utilizada para provar a existência de Deus, como princípio criador, organizador, onisciente, onipotente etc, como rezam as escrituras. Tipler escreveu todo um livro, The Physics of Immortality (1994), apresentando a versão mais radical de uma visão compartilhada com mais cautela por John Polkinghorne, Paul Davies e os cientistas que apóiam o chamado princípio antrópico - a mais surpreendente teoria dos últimos tempos. Para eles, o modo como o caos espontaneamente gera ordem e todo o cosmo parece conspirar a favor da existência de vida revela atributos divinos como consciência e intenção. A vida, assim, deve ser vista como nada menos que um milagre; e a vida consciente, um milagre maior ainda. O princípio antrópico postula que o Universo foi criado da maneira que nós o percebemos justamente para ser observado por criaturas inteligentes (nós mesmos!) e que é nossa consciência que seleciona uma realidade entre todas as probabilidades quânticas. Não custa lembrar que Brandon Carter, que apresentou pela primeira vez o princípio antrópico em 1973, não é nenhum guru aloprado e sim um cientista respeitadíssimo entre seus pares por suas pesquisas na linha-de-frente da nova física.
Tem mais: a teoria mais aceita para explicar a origem do Universo - a explosão de uma bola de energia - também vale para esses estudiosos como sinal de uma criação intencional e inteligente. Como diz o próprio astrônomo que batizou essa teoria de Big Bang, o inglês Fred Hoyle: "Uma explosão num depósito de ferro velho não faz com que pedaços de metal se juntem numa máquina útil e funcional!"
E o que teria existido, então, antes do Big Bang? Os físicos são unânimes em dizer que é impossível saber. Enquanto houver mistérios intransponíveis para a mente humana, idéias de divindade não só sobrevivem, como proliferam - e até são atualizadas cientificamente. Quando Stephen Hawking fala de uma "teoria completa" que nos permitiria conhecer a "mente de Deus", está se referindo à busca principal da física no século XX: um modelo que unifique a teoria da relatividade, que explica o movimento dos corpos celestes, e a mecânica quântica, que descreve o outro extremo: energia e matéria no nível subatômico. Aqui reside um dos mais chocantes enigmas quânticos: ondas de energia podem se comportar como partículas de matéria e vice-versa.
A própria mente humana - acreditam psiquiatras, neurologistas e companhia - guarda talvez mais mistérios que o Universo lá fora. Como afirma o físico brasileiro Newton Bernardes, da Unicamp, sem nenhuma crença religiosa: "A ciência depende da linguagem. A religião, não. Ela está no campo do indizível e aí temos que abandonar a razão: só resta a fé. Mas pode existir, sim, conhecimento sem linguagem. Essa é uma limitação da ciência."
Enquanto isso, no Instituto de Física Aplicada da USP, Ricardo Galvão pondera a localização exata de um conhecimento sem linguagem: a criatividade, presente tanto nas artes como na ciência mais exata. "A própria teoria da relatividade, é difícil imaginar como o Einstein chegou a ela - não foi por dedução. Idéias científicas precisam ser formuladas matematicamente, mas na hora surgem muitas vezes de um estalo." E de onde, então, vêm essas magias chamadas intuição e inspiração? Existem hipóteses, é claro, como o inconsciente de Freud. Mas, por enquanto, só Deus sabe!

Há uma intenção na criação do Universo? Muitos cientistas acham que sim. A mente humana talvez contenha mais mistérios que o próprio Universo.

Revista Superinteressante, janeiro 2000 - José Augusto Lemos 

CRIAÇÃO DO UNIVERSO, EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS
E O PENSAMENTO RELIGIOSO

Warwick Estevam Kerr

Para aqueles que professam uma religião cristã, há três maneiras de interpretar os primeiros capítulos do Gênesis. A primeira, que chamaremos LITERAL, é crer que, realmente o universo e todos os seres vivos foram criados separadamente, por atos independentes, miraculosos, em seis dias ou seis períodos. Tal modo de pensar sofre forte antagonismo por parte da grande maioria dos biólogos e físicos, que acreditam na teoria da evolução.
A segunda, chamada MODERNISTA, é aceita por aqueles cristãos que não consideram a bíblia como SENDO a palavra de Deus, mas como a CONTENDO. Para este grupo, a única idéia realmente importante do primeiro capítulo de Gênesis é aquela contida no primeiro versículo: “E no começo Deus criou os céus e a terra”. Argumentam assim: -Quem criou ? Deus. Como criou ? Procuram aplicar a ciência moderna ao estudo da natureza a fim de descobrir. Para o cristão modernista, o estudo da evolução é a história da criação, é o estudo da maneira na qual Deus criou o universo.
A terceira maneira é chamada ALEGÓRICA, em que tentamos acoplar sobre o texto bíblico uma interpretação baseada nos achados científicos. Os partidários da maneira LITERAL e os da maneira ALEGÓRICA podem ser chamados de cristãos ortodoxos, isto é, pessoas que aceitam a bíblia como SENDO a palavra de DEUS. Como a maneira alegórica é mais complexa e também aceita por cristãos ortodoxos com cultura biológica sólida, vamos expô-la aqui com detalhes. Gostaria, entretanto, que ficasse claro que aceito a interpretação modernista, não obstante ter o máximo respeito por aqueles que preferem a maneira alegórica.

A interpretação alegórica
É comum, tanto no velho como no novo testamento, o ensino de lições por meio de linguagem figurada ou de histórias que chamamos de parábolas. A bíblia começa e termina usando linguagem figurada. As três parábolas iniciais são: a história da criação, a história do dilúvio e a história da torre de Babel. O principal objetivo da história da criação é ensinar a todos que universo foi criado por Deus e por isso começa com aquela frase cheia de vigor, poder e de fé: “No começo criou Deus os céus e a terra” (Gen 1:1). Apesar de não ter sido intenção dos escritores de Gênesis ensinar ciência, a parábola da criação pode ser interpretada, face aos dados científicos que conhecemos hoje, de uma maneira alegórica, em que atribuímos a cada trecho do livro de Gênesis uma correspondência ao que ocorreu na evolução do nosso universo, segundo a ciência moderna. O Dr. George Abell, astrônomo da Universidade da Califórnia (Los Angeles) calculou a idade do universo, comparando a velocidade da recessão de grupos gigantes de galáxias, com as distâncias entre eles. Concluiu que a idade do universo é ao redor de 15 a 20 bilhões de anos. É o dado existente que mais reforça a idéia da eternidade de Deus.   Para iniciar, vamos dividir os 20 bilhões de anos, que é a idade do universo em 7 períodos.


10 PERÍODO: “E disse Deus: Haja luz.  E houve luz” (Gen 1:3)
Há mais ou menos 15 bilhões de anos, Deus disse: “Haja luz”. Houve então uma fantástica criação de radiação, quentíssima, luminosíssima, concentradíssima, que expandiu com grande violência. Nos 300.000 anos após essa fantástica explosão, a massa do universo consistia quase que somente de radiação, e havia grande interação entre radiação e matéria. Este período é chamado pelos cientistas (por exemplo Oort, 1970) de estágio “bola de fogo”. Nesta época matéria e radiação se separaram e a matéria se espalhou voando para todos os lados. Muitos destes “pedaços” de universo original transformaram-se em galáxias, astros, sóis, nuvens cósmicas, asteróides, etc.
Em 1974, o Dr. Allan Sandage (do observatório astronômico de Hale) e o Dr. James Gunn (do Instituto Tecnológico da Califórnia), dois astrônomos americanos, chegaram à conclusão de que nosso universo que, há 15 bilhões de anos atrás iniciou-se com uma tremenda explosão, continuará expandindo-se para sempre. Isso quer dizer que eles demonstraram que nosso universo é aberto.
Passados milhões de anos, numa das galáxias, que hoje chamados de Via Láctea, de um dos seus sóis soltaram-se alguns planetas dentre os quais um deles é a nossa Terra. Assim que se soltou do sol e entrou em órbita, a Terra girava como um pião ao redor do seu próprio eixo. Esse movimento de rotação fazia a separação entre a luz do sol (dia) e as trevas (noite).

20 PERÍODO: “...e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão” (Gen 1:7)
A Terra era muito quente e assim toda a água estava sob a forma de vapor. Conforme os anos foram passando, a Terra foi se resfriando, até que um dia começou a chover.

30 PERÍODO: “E disse Deus: ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar e apareça a porção seca.   E chamou à porção seca terra e ao ajuntamento de água chamou mares” (Gen 1:9)
A Terra, esfriando-se mais, começou a se enrugar, os continentes começaram a se movimentar e a dar formação às montanhas e às planícies. As águas drenavam-se pelos riachos, igarapés, rios e acumulavam-se nas lagoas, mares e oceanos. Assim, houve separação entre águas e terra. A terra rachou-se, as várias porções se movimentaram, afastando-se e formando os atuais continentes. Violentos raios produziram novos compostos numa atmosfera pobre em oxigênio. Estes compostos formados se juntaram nas águas e muitas vezes originavam compostos mais complicados. Não havia bactérias para destruir os compostos orgânicos e, assim, eles permaneciam em solução nas águas. Num certo dia, a primeira molécula de RNA foi formada com a propriedade de autoreprodução e catálise  - estava criada a vida. Forma-se a seguir o DNA. Mutações e seleção natural passam a promover a evolução dos descendentes desse pequeno mini ser vivo.,

“E disse Deus: produza a terra erva verde”(Gen 1:10), ...erva que dê sementes e árvore frutífera que dê fruto...(Gen 1:11)
Passaram-se os anos e há três bilhões de anos atrás, as primeiras bactérias e as primeiras algas verdes são formadas. Evoluem constantemente até chegar à condição de plantas que dão sementes como nosso pinheiro do Paraná e o Cedro do Líbano. Evoluem ainda mais e chegam ao nível da plantas superiores que dão fruto (jaboticaba, jaca, cupuaçu, goiaba, etc.)

40 PERÍODO - “E disse Deus: haja luminares na expansão dos céus para iluminar a terra, para governar o dia e a noite (Gen 1:14-18)
Até este período, o céu era todo nublado. Porém, uma dia, de tanto chover, de tanto cair água das nuvens, um pedaço de céu azul apareceu. Naquele dia os raios de sol, das estrelas, o clarão da lua e dos planetas tocaram a Terra.

50 PERÍODO - “E disse Deus: produzam as águas abundantemente e apareçam répteis(Gen 1:20) e toda ave de asa”(Gen 1:21)
A evolução dos microorganismos que, de um lado produziu os fungos e as plantas segue também uma outra direção. Nas águas do mar os primeiros seres vivos animais começam a aparecer.   Seguindo o mesmo sistema de evolução, vão aparecendo os vermes, os anfioxos, os peixes tipo tubarão até peixes como o dourado, a traíra, o tambaqui, o pirarucu, etc. Os peixes de um dos grupos, por sucessivas mutações passaram a andar sobre a terra e alimentavam-se de insetos e plantas. Aqueles cujos sacos aéreos se modificaram e passaram a formar num pequeno pulmão tiveram grande vantagem. Depois de muitos anos apareceram as salamandras, os sapos e as rãs. Ate hoje os sapos no início de suas vidas (os girinos) se parecem com peixinhos e só mais tarde tornam-se sapos adultos e vivem fora d’água. Para daí apareceram os répteis foi um passo. Evoluíram os jacarés, os cágados, as tartarugas e alguns répteis voadores como o Pterodáctilus. Em 1974, o estudante Douglas Lawson descobriu um destes animais, que viveu  há 60 milhões de anos e tinha 17 metros de envergadura. As primeiras aves foram a Archaeopteryx e Archaernis. Algumas aves razoavelmente primitivas ainda habitam o Brasil, como o inhambú, a perdiz e a codorna do mato. As aves primitivas continuam sua evolução pelo processo adotado pelo Criador: a seleção natural, a mutação, a migração e a deriva genética, todos conhecidos fatores modificadores da freqüência dos genes e com o isolamento geográfico e reprodutivo, que provocam a origem de novas espécies. São pois produzidas as aves modernas como os papagaios, araras, curiós, pintassilgos, uirapuru, aves do paraíso, etc.

60 PERÍODO: “E disse Deus: produza a terra as bestas feras da terra (Gen 1:24-25)... façamos o homem à nossa imagem e semelhança (Gen 1: 26)
Dos répteis evoluem, de um lado as aves e de outro os primeiros monotremos, dos quais ainda temos, na Austrália, os ornitorrincos e echidnas. Depois evoluem os marsupiais, como o gambá, a cuica, a mucura, os cangurus, todos com a interessante característica de carregarem seus filhinhos numa bolsa chamada marsúpio. Finalmente aparecem, com útero, os mamíferos do tipo dos cachorros, da anta, da capivara, dos cavalos, das vacas, dos macacos. Os macacos se originaram de um grupinho de animais chamados insetívoros, animais mamíferos que, sendo noturnos, não tinham o sentido da cor. Os macacos brasileiros só enxergam o azul, o verde, o branco e o amarelo. Porém os macacos superiores como os orangotangos, os chimpanzés, os gorilas e o homem já enxergam o mundo em tecnicolor, isto é, vêm as cores vermelho, amarelo e azul e suas combinações. Assim, a maior parte dos animais estava “pronta”. Há, mais ou menos, dois milhões de anos atrás, um grupo de macacos africanos começou a evoluir mais do que ou outros, pois usava cada vez mais o cérebro e as mãos para resolver seus probleminhas. Um belo dia um desses macacos (Homo africanus) descobriu o fogo. Mais tarde, evoluindo ainda mais sua mente (Homo erectus) descobriu que para agüentar o frio podia muito bem fazê-lo matando um animal e usando sua pele. Evoluindo ainda mais (Homo sapiens neanderthalensis) descobriu que poderia comer melhor usando flecha, paus, armadilhas, plantações, roças. Com a invenção e a aprendizagem o homem adicionou uma nova maneira de conquistar nichos ecológicos, complemente diferente da mutação e seleção natural. Um dia, o homem  pensou pela primeira vez que tinha um criador e adorou a Deus.

70 PERÍODO: “Meu pai trabalha até agora”(João 5:16-18)
Diz Gêneses, que após haver criado o homem, Deus descansou (Gen 2:2-5). Esta frase é antropomorfismo, já que Deus não se desgasta, não cansa. Jesus reafirmou isso ao falar “meu pai trabalha até agora”. Portanto, dizemos que a evolução é contínua: a explosão de 15 bilhões de anos atrás continua ainda fazendo com que os pedaços do universo voem para todos os lados. Somos um universo em contínua expansão para o infinito. 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Buraco branco no tempo

Pessoal, aí está o vídeo que vimos na ultima monitoria, juntamente com o resumo... quanto aos textos iremos postar pra vocês aqui e depois deixar na xérox..



             O vídeo inicia comentando sobre a origem e evolução dos tempos. Trata na seqüência, que os seres humanos na atualidade chegam a ocupar todo o universo. Russell, ressalta sobre a criação de novas tecnologias e uma modernização. Simboliza que há uma linguagem forte no universo chamada de comunicação, destacando o homem em relação aos demais seres. Reflete também, sobre a produção mundial. Pergunta por que não mudamos? Como está a nossa convivência? O nosso julgamento quanto às pessoas que estão ao nosso redor, por que somos resistentes a mudanças? Ressalta sobre uma suposta crise na humanidade, questiona também sobre o conhecimento das nossas atitudes. Russell, chega em seu momento de reflexão principal, quando retrata a mente humana. Nesse momento, o vídeo começa a questionar sobre os paradigmas que existem em nossa atual sociedade, destacando a importância da revolução da informática e a industrial. Finalizando, Russell comenta sobre uma revolução na consciência, ou melhor, simboliza um fator preponderante na existência da humanidade, que é o amor ao próximo, é o ser interior, na busca permanente pela paz.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Monitoria 2 Colegial


Hoje foi a nossa ultima monitoria desse primeiro semestre. Depois de vermos um pouquinho sobre poríferos, quinidários, platelmintos, nematelmintos e moluscos finalizamos com um documentário da BBC chamado "Pequenos Monstros" que retrata um pouco da vida de alguns invertebrados, mostrando suas interações, adaptações ao ambiente e o habitat que ele ocupa. Não encontrei no youtube o vídeo completo, apenas alguns trechos:
http://www.youtube.com/watch?v=U2EyYnTAZC0

http://www.youtube.com/watch?v=RPQiD6fENZA

http://www.youtube.com/watch?v=4JqYwrHRpZU

Espero que todos tenham gostado dos nossos encontros.
Boas férias e até agosto

Beijo
Luisa e Guilherme

domingo, 27 de maio de 2012

Fotossíntese 


A fotossíntese é o processo no qual os organismos clorofilados (plantas, algas e cianobactérias) produzem seu alimento. Por meio de matérias primas que são o carbono - C - obtido principalmente pelo gás carbônico (CO2)e a água (H2O)com sua fonte de energia (para ocorrer as reações necessárias)a LUZ. E que tem como produtos o gás oxigênio (O2)e um monossacarídeo ou dissacarídeo como a glicose e/ou frutose (para as plantas).

luz
 6 CO2+6 H2O   --> 6 O2+ C6H12O6
clorofila

Referente as plantas a fotossíntese ocorre nas folhas ou nas partes pigmentadas de verde das plantas, por exemplo, o caule em cactos. Sendo no cloroplasto (organela responsável), sendo nas lamelas e granas a conversão de energia luminosa em energia química e nos tilacoides a produção de carboidratos (o acumulo de sacarídeos gera um polissacarídeos, o amido).


A absorção de energia luminosa pelas plantas não é total, pois os seus pigmentos absorvem determinados cumprimentos de onda, como azul e o vermelho e reflete o que é inútil a ela, no caso o espectro verde. Os pigmentos presentes são a clorofila a (principal), clorofila b, carotenoides e xantofilas (acessórios). A ''a'' e ''b'' são verde, verde-azulada, já os carotenoides e xantofilas são amarelos a alaranjados, só mascarados pelo verde das clorofilas.


A presença dos pigmentos pode ser constatada em um experimento que consiste em macerar algumas folhas com álcool obtendo uma solução verde escura, depois colocando um papel filtro nela e deixando absorver a solução a uma altura considerável e depois colocando esse papel filtro em álcool para que este absorva o e vá ''filtrando'' os pigmentos. Esse experimento é chamado de cromatografia.


Um pouco mais sobre a fotossíntese pode se obter pelos livros e sites como:






Vale a pena Conferir!!! Boa Semana







terça-feira, 24 de abril de 2012

Poríferos

Desculpem a demora pessoal, eu realmente tinha esquecido, mas ta ai o material sobre poriferos

http://www.youtube.com/watch?v=r57eQA-lvJg

Estrutura Corporal

Tipos Celulares

Gêmula - aqui chamada de broto
reprodução assexuada por brotamento

Diversidade



Mais curiosidades sobre o filo em:



Microscopia de Varredura

Pra galerinha que foi na monitoria e pra quem não foi e também  tem curiosidade de ver, está ai um vídeo de microscopia de varredura:

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

EVOLUÇÃO





A evolução pode ser definida, em poucas palavras, como o processo de variação e adaptação de populações ao longo do tempo, podendo inclusive provocar o surgimento de novas espécies a partir de uma preexistente. Dessa forma, a grande diversidade de organismos presentes em nosso planeta pode ser explicada por meio dessa teoria.

Registros escritos de grandes filósofos pré-socráticos nos mostram que o pensamento evolucionista não se deu, basicamente, e tampouco unicamente, por Charles Darwin. Aliás, a apresentação desta teoria à Linnean Society, em 1858, foi feita com a coautoria de Alfred Wallace: naturalista menos abastado que, sem o prévio conhecimento das ideias de Darwin, conseguiu compreender da mesma forma o aparecimento e perpetuação de espécies variadas e de formas específicas.

DARWIN

A evolução por meio da seleção natural, proposta por esses dois pesquisadores, enuncia que indivíduos que possuem características específicas que os tornam mais aptos a viver em determinado ambiente têm mais probabilidade de se reproduzir e gerar descendentes. Quando tais vantagens são hereditárias, a prole poderá adquiri-la, fazendo com que, ao longo do tempo, maior número de indivíduos daquela população a possua, com consequente modificação das características globais daquela espécie. Sob esta ótica, indivíduos menos aptos tendem a desaparecer, resultando em uma população mais bem-adaptada ao ambiente.

WALLACE

Este fato justifica porque a evolução não deve ser vista como sinônimo de progresso, já que uma mesma característica que garante o sucesso, em um determinado momento, pode não ser tão favorável em outro momento. Quanto a isso, por exemplo, acredita-se que a anemia falciforme surgiu na África, há milhões de anos atrás. Como indivíduos com a doença falciforme eram mais resistentes à malária; por seleção natural, aqueles com suas hemácias normais tinham mais chances de não resistir à parasitose. 

A seleção natural é apenas um dos mecanismos evolutivos conhecidos. Seleção sexual, deriva genética, mutação, recombinação e fluxo genético são os outros, podendo agir de forma a reduzir ou aumentar a variação genética.

Hemácias bicôncavas e em forma de foice - ANEMIA FALCIFORME


Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

http://www.brasilescola.com/biologia/evolucao.htm.